sábado, 28 de janeiro de 2017

Estudo Números e Factos sobre Eutanásia no Mundo

Na Bélgica, em 2002, foi aprovada a lei da eutanásia,  sendo os menores excluídos da lei por serem incapazes de expressar a sua vontade e não se aceitar uma decisão por terceiros. Mas, em 2014, a lei aceita a eutanásia em menores.  Foi introduzida a clausula de que «as crianças têm “capacidade inata para a auto-determinação”. Devem estar em “sofrimento constante e insuportável”. Segundo o Estudo Números e Factos sobre a eutanásia no mundo a eutanásia não pára de aumentar após a legalização, começa nos casos terminais e alarga-se a outros. Os pedidos passam a incluir pessoas com autonomia limitada ou nula como crianças, idosos e dementes. Persistem casos de eutanásia sem pedido  expresso.
Este Estudo tem como base o Relatório Oficial de 2015 que pode aceder aqui



"Não há eutanásia só voluntária", alerta a professora de Filosofia Marta Mendonça



A professora de Filosofia da Universidade Nova de Lisboa Marta Mendonça alertou, ontem, para as consequências de se legalizar a eutanásia, destacando que esse passo levará a sociedade a aceitar também a eutanásia involuntária, isto é, sem o consentimento dos pacientes, e ao alargamento gradual dos casos em que será permitida. "Não é possível estabelecer a eutanásia só voluntária, pois não há direitos só para quem é capaz de pedir", advertiu a investigadora que integrou o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Este foi um dos principais argumentos contra a introdução da eutanásia em Portugal apresentados na conferência «Marcar Hora Para Morrer?», proferida na Associação Cultural das Areias (Estoril). Chamando a atenção para a perigosa relação entre a eutanásia a pedido e as formas de eutanásia claramente involuntárias, Marta Mendonça recordou o caso holandês, que implicou desde 2002 o progressivo alargamento da eutanásia àqueles que não a pedem, como as crianças e os deficientes. Actualmente é praticada na Holanda a eutanásia involuntária em idosos, vítimas de acidentes de tráfico em estado inconsciente, crianças e deficientes profundos, como um direito exercido por aqueles que a pedem por eles.
Rebatendo os argumentos dos que invocam a autonomia e a liberdade individual - expresso em mensagens como "a vida é minha e eu faço com ela o que eu quiser; ninguém tem nada com isso" e "que isso esteja na lei, não obriga ninguém a escolher este caminho" - Marta Mendonça sublinhou que "importa perceber que eutanásia é uma morte infringida a outro a seu pedido, estando em causa, por isso, duas autonomias, a de quem pede e a de quem a pratica". Ninguém é, pois, autónomo em absoluto. "A autonomia humana tem limites, pois ninguém se basta a si mesmo. Dependemos todos uns dos outros. Não é concebível uma sociedade onde a autonomia não tenha limites. E a vida humana é um desses limites à autonomia". Então, não temos direito sobre a nossa vida? Marta Mendonça esclareceu: "a eutanásia não é privar alguém de algo (do sofrimento), é eliminar alguém. Ora, acrescentou, "podemos dispor do que temos e do que é nosso, mas da vida não, pois ela não é algo que temos, é algo que somos. É o nosso modo de ser: somos na forma de seres vivos". Se não, não somos!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Opinião: de Manuela Ferreira Leite

Manuela Ferreira Leite é uma das mais 14 mil subscritoras da petição “Toda a Vida tem Dignidade”, entregue na quarta-feira na Assembleia da República.
Esta quinta-feira, no habitual espaço de comentário, na TVI24, declarou-se “absolutamente contraa eutanásia e questionou as intenções por trás da sua legalização. «Não há algum elemento económico ou financeiro em defender a eutanásia em vez de aumentar a rede de cuidados paliativos e tudo o que dignifica a vida? Não será mais fácil saltar logo para a última etapa?”, lançou. “Primeiro tratemos da vida, porque a morte virá seguramente”.
Leia a noticia integral aqui.

Testemunho de Paulo Pascoal sobre cuidados paliativos

"Quero testemunhar a importância dos cuidados paliativos no fim de vida. A minha mulher faleceu nos cuidados paliativos na Casa de Saúde da Idanha/Belas e vi o quanto ela estava feliz e contente por, finalmente, não estar a sofrer e ser tão bem tratada.
A minha mulher faleceu, com 47 anos de idade, com um gliobastoma, detectado o 1.º sintoma (convulsão) em 11 de Março de 2008, morreu a 19 de Dezembro passado, deixou de andar em Maio e perdeu a fala em Junho. Esteve 2 meses nos Capuchos, 4 meses no IPO, 3 meses na Idanha/Belas.
Posso testemunhar o que são os tratamentos antes de chegar aos paliativos, os escassos que lá chegam, e penso que muita gente prefere a eutanásia por que toma contacto amiúde com esses "tratamentos" a montante dos tratamentos paliativos. Eu se não visse e vivesse o que são cuidados paliativos também queria a eutanásia para mim. Hoje o que me preocupa é se morrerei, salvo acidente ou morte súbita, usufruindo de cuidados paliativos. Não me quero alongar mais, mas saiba que pode contar comigo para defender publicamente os cuidados paliativos e lutar para que a rede se expanda rapidamente, pressionar o Estado a incrementar estes cuidados pelo país todo, que todo o ser humano, antes de discutir a a eutanásia, deverá saber o que são cuidados paliativos, tomar contacto com esses cuidados desde cedo, para saber que a morte pode, e não deve, ser dolorosa.
Continue a ler este testemunho aqui 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Opinião: Margarida Gonçalves Neto, médica psiquiatra


O Partido dos Animais e da Natureza tem pronto um projecto lei sobre Eutanásia de seres humanos.
Chegam ao ponto de legislar sobre eutanásia no domicílio. E nós assistimos incrédulos e passivos ao desenrolar de tudo isto? A política não serve para ferir a sociedade em que vivemos. Que grande falta de decência e de respeito! Não acredito que haja médicos que vão a casa dos seus doentes para os matar. Que sociedade seria esta? Que medicina seria essa? E que partido é este?


Fonte: Facebook de Margarida Gonçalves Neto

Petição contra a eutanásia foi entregue esta quarta-feira no Parlamento




Foto de Margarida Gonçalves Neto.

A cerca de uma semana de ser discutida a eutanásia pelos deputados deu entrada ontem no Parlamento a petição «Toda a Vida Tem Dignidade” que conta com mais de 14 mil assinaturas. Tendo sido entregue em mãos ao Presidente da Assembleia da Republica, Dr. António Ferro Rodrigues. Os subscritores da petição “Toda a Vida Tem Dignidade” vêm sustentar que “a eutanásia é sempre um homicídio apoiado pelo Estado” e que “a este não cabe criar o direito de alguém ser morto por outrem”.
A outra petição entregue no Parlamento solicita a despenalização da eutanásia em Portugal, subscrita por mais de oito mil pessoas – e que antecede a apresentação, discussão e votação de projetos-lei do BE e do PAN no sentido de legalizar a morte medicamente assistida em Portugal. Leia o artigo no original aqui.

MANIFESTAÇÃO STOP EUTANÁSIA


No dia 1 de Fevereiro, próxima quarta-feira, começa o debate no Parlamento sobre a eutanásia, que vai abrir caminho   para os projetos de lei do BE e do PAN. Temos de marcar posição.
Encontramo-nos, todos os que pudermos,  dia 1 de Fevereiro às 12.30 horas, no Largo de São Bento em frente à escadaria.
Vamos ser muito positivos e ter esperança que os deputados nos oiçam:
·      É preciso saber aliviar a dor, mas não matar.
·      Os Cuidados Paliativos são a solução e a resposta para o doente grave ou incurável.
·      Já existe um Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos (SNS).
Juntem-se a esta Manifestação STOP Eutanásia, dia 1 de Fevereiro, às 12h30 na escadaria da Assembleia da República.Vamos fazer a nossa parte dia 1 de Fevereiro, serenos e unidos, agora que o debate vai aquecer, sempre com muito respeito pelos que não nos compreendem.

 Movimento Cívico STOP eutanásia

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

STOP eutanasia há um movimento cívico a mexer-se

Sofia Guedes, uma das fundadoras do movimento, em conversa com a TSF, adianta que a eutanásia é um assunto que "preocupa" bastante os elementos que compõem esta iniciativa cívica, porque estes temas não podem "ser resolvidos apenas por algumas pessoas".
Para Sofia Guedes, os países onde a eutanásia está legalizada são um bom exemplo do que não deve ser feito. Ouça aqui a noticia da TSF 


terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Movimento cívico contra a eutanásia propõe-se explicar porque há limites


Um grupo de cidadãos contra a eutanásia propõe-se explicar à sociedade portuguesa "o que é isto de defender a vida humana", sublinhando que, nesta matéria, "há limites".
Trata-se do movimento cívico STOP Eutanásia, que se propõe "defender a vida com dignidade até ao fim".
"Somos apoiados por ligações internacionais, como na Bélgica, onde a eutanásia está legalizada", adiantou Marta Roque, uma das fundadoras, defendendo um "movimento mais alargado" que debata "a experiência de outros movimentos nesses países". Leia mais sobre esta noticia aqui


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O debate eutanásia vai começar


Ana Jorge e Margarida Neto
O debate sobre a eutanásia está de regresso ao Parlamento dia 1 de Fevereiro.
Na antecipação do debate começa a discussão na opinião publica sobre os argumentos dos movimentos a favor e contra a eutanásia. Uma petição no Parlamento pede a despenalização dos profissionais que ajudem os doentes a morrer. Outra apela aos deputados para rejeitarem essa ideia. A pediatra Ana Jorge e a psiquiatra Margarida Neto são prova da     divisão que existe até na classe médica. Lei aqui a noticia do DN Magazinne.

Uma definição por dia: eutanásia

Designa-se eutanásia a acção ou omissão por parte do médico com a intenção de provocar a morte da pessoa que sofre de uma doença avançada incurável e a pedido reiterado desta. Em Portugal esta não é legal e é eticamente reprovável.