quinta-feira, 1 de março de 2018

Eutanásia: quem decide? - Opinião por Alexandra Duarte*

Muito se tem escrito sobre a “boa morte”, como se houvesse mortes boas e mortes más, como se todas as mortes não nos deixassem um vazio e até fossem algo desejável para todos, até para o próprio que a abraça deixando para trás tudo o que foi e o que é. Se falamos de morte, é imperativo falar de vida, e quanto à vida ainda nos sobra muito mais para dizer. O debate público tem suscitado muitas paixões e posições extremas de quem participa ativamente nesta reflexão, o que não é de estranhar, porque se de um lado os argumentos são muito mais imediatos, assertivos e percetíveis, do outro apresentam-se razões que transcendem a própria natureza humana, valores que nos unem mas são invisíveis, sentimentos que são invocados mas pouco praticados. Estamos, assim, perante uma discussão transversal que ocorre simultaneamente em vários círculos, convocando a ética, o enquadramento jurídico, a religião e a política. Uma discussão que à primeira vista pode parecer muito prática e técnica e com efeitos circunscritos à sua substância, mas que, no entanto, vai desviando do foco o que verdadeiramente implica alterar a forma como tratamos e encaramos a vida e a morte na sociedade contemporânea, com argumentos simplistas esgrimidos de forma primária para que, intencionalmente, bloqueiem a reflexão dos cidadãos, colocando-os à superfície da problemática. Em concreto, a favor da despenalização desta prática temos o fator sofrimento e a dignidade na hora da morte, e acresce também o objetivo de se referendar esta matéria, tornando-a uma decisão de todos, logo, a meu ver, desresponsabilizando os decisores políticos, que são quem deve analisar a fundo esta matéria, constituindo grupos de trabalho que promovam a reflexão conjunta entre cidadãos e decisores.  Leia o artigo na integra aqui
*Alexandra Duarte, escreve no jornal i

Congresso de Cuidados Paliativos está a decorrer em Roma, sigam aqui via streaming

Staff internacional STOP eutanásia 
Estão a participar dois elementos do Staff STOP eutanásia
Sofia Guedes e Graca Varao, com Caroline Roux, da Alliance Vita,  no Congresso “Tratamentos paliativos: em todos os lugares e para todos", organizado pela Academia Pontifícia da Vida, em Roma. Vai ser também apresentado oficialmente o Projeto PAL-Life para a difusão global de terapias paliativas. O objetivo principal do congresso é promover o diálogo e a cooperação entre os diferentes atores envolvidos no exercício e na difusão dos tratamentos paliativos e tutelar a dignidade da pessoa doente, assumindo a sua vulnerabilidade.
Ontem o Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do Congresso apelando ao cuidado de acompanhar todas as vidas até ao fim.Hoje estão a ser apresentadas experiências interculturais e experiências de diversas religiões sobre os cuidados paliativos a         nível internacional. Podem acompanhar os trabalhos do Congresso aqui no nosso blog.