sábado, 31 de dezembro de 2016

Uma definição por dia: obstinação terapêutica

A obstinação terapêutica corresponde à aplicação de todos os métodos, diagnósticos e terapêuticos, conhecidos com o objectivo de prolongar de forma artificial e inútil a vida do doente através de tratamentos desproporcionados e excessivos para o que deles se espera. Esta abordagem, também designada encarniçamento terapêutico, não é desejável pois corresponde a uma má prática médica.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Testemunho de Bento Amaral

Velejador desde os 11, Bento Amaral ficou tetraplégico aos 25 anos em resultado de um acidente na praia. Foi campeão do mundo de vela adaptada no ano de 2005 e representou Portugal nos Jogos Paraolímpicos de 2008.


Uma definição por dia: doente paliativo

Segundo a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, o doente paliativo é aquele que padece de uma doença para a qual não existe um tratamento curativo ou de uma doença muito grave, às quais está associado habitualmente grande sofrimento físico e existencial. Pode ser um doente não oncológico ou oncológico, de todas as idades e ter pela frente anos, meses ou semanas de vida. O doente paliativo não é necessariamente um doente terminal ou moribundo.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Uma definição por dia: cuidados paliativos

A Organização Mundial de Saúde define os cuidados paliativos como o conjunto coordenado de intervenções de saúde a nível integral destinadas a melhorar a qualidade de vida dos pacientes e das suas famílias. Trata-se de medidas de prevenção e alívio do sofrimento por meio da identificação precoce e do tratamento da dor e dos problemas físicos, psicossociais e espirituais dos pacientes. Podem realizar-se tanto em casa, como no hospital.

O que é ter dignidade?

A razão fundamental pela qual ninguém tem o "direito" de matar-se ou ajudar outros a fazê-lo é a de todos nós termos uma dignidade, ou seja, um valor intrínseco inalienável e, portanto, valores assim não se destroem. Protegem-se e amam-se.
Se eu perder o sentido da minha própria dignidade, isso equivale a perder a minha auto-estima e a minha saúde mental. Nesse caso, preciso que me ajudem a recuperar a autoconsciência do meu próprio valor como pessoa, e não que me ajudem a "liquidar-me".
Adolfo J. Castañeda, Human Life International

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Opinião: eutanásia? Olhar para a vida de forma positiva

Uma definição por dia: morte digna

Iniciamos uma rubrica dedicada a esclarecer diversos termos relacionados com as questões da morte. Hoje: morte digna. Aquela que se produz depois de todos os alívios médicos adequados e de todos os confortos humanos possíveis. Também se denomina ortotanasia. Não é equivalente à eutanásia porque não é uma morte a pedido.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Dignidade até ao fim.


  
Somos por uma vida com dignidade até ao fim. Ajudemos os mais fragilizados pela doença, a velhice, a solidão. Digamos sim ao direito a ter qualidade de vida no momento do sofrimento. Com a ajuda dos cuidados paliativos é possível melhorar a situação de doença. Informe-se. Não se deixe enganar por leis contra a vida.

Cuidados Paliativos no IPO do Porto


Estudo mostra como é importante informar o grande público sobre os cuidados paliativos

O que vem à mente das pessoas quando ouvem falar de cuidados paliativos? O que pensa a sociedade sobre os cuidados em fim de vida ou nas situações irreversíveis? Estas são duas das perguntas colocadas pela equipa do Programa Atlantes: dignidade humana, doença avançada e cuidados paliativos, da Universidade de Navarra (Espanha), no âmbito de um estudo sobre o que os meios de comunicação espanhóis dizem acerca dos cuidados paliativos. A equipa liderada pelo professor Carlos Centeno (médico da Clínica Universidade de Navarra), e que inclui especialistas das ciências sociais, procurou explorar os factores que contribuem para a construção das percepções sociais sobre os cuidados paliativos. Foram explorados oito jornais, cinco revistas, cinco canais de televisão e quatro canais de rádio.
O trabalho mostra como a presença dos cuidados paliativos nos meios de comunicação não garante a percepção clara dos benefícios para os pacientes, para os familiares e para a população em geral. As mensagens com carga ideológica e política podem ofuscar os fins informativos. Isto porque uma proporção significativa de artigos sobre cuidados paliativos surge associada ao debate político e ideológico em torno da morte digna, da eutanásia, do suicídio assistido e das propostas legislativas sobre o fim da vida, e nota-se neles uma importante carga ideológica. No entanto, quando o tema aparece em reportagens específicas sobre cuidados paliativos, especialmente na rádio e na televisão, domina a perspectiva informativa e educativa e são incluídos depoimentos de pacientes, familiares e profissionais de saúde. Nestes casos, sobressai a componente humana, bem como as questões da qualidade de vida, e destaca-se o cuidado holístico da pessoa, devolvendo-se o protagonismo aos pacientes, aos familiares e aos médicos.

Este post resume o artigo Qual a mensagem que os media espanhóis transmitem acerca dos cuidados paliativos?, publicado por José Miguel Carrasco e Carlos Centeno na edição de janeiro/fevereiro 2016 do European Journal of Palliative Care (vol. 23.1). Aceda ao artigo completo aqui (sob subscrição).