Como
um grupo de 5 amigas preocupadas com os vários atentados à Dignidade Humana, sentiu a necessidade de despertar consciências, gerar
debate, e ajudar as pessoas de todas as idades, classes sociais e
diferentes credos, a compreenderem os conceitos sobre a Verdade do
Homem e da sua dignidade.
É
então que em 2016, surge a Plataforma Pensar & Debater, uma
Associação sem fins lucrativos, com o propósito de abrir caminho
para do Bem, da Verdade e da Beleza do Ser Humano. Procura escutar e
acompanhar as pessoas com a intenção de aprofundar temas e questões
Éticas e Bio-éticas com a sociedade civil, os meios de comunicação,
os políticos e opion makers.
O
primeiro projeto foi o STOP eutanásia, que nasce para apresentar e
esclarecer todas as questões e conceitos ligados ao fim de vida. Na
altura em Portugal a discussão era circunscrita a um pequeno número
de deputados, que estavam a elaborar uma proposta de projeto-lei
tentando que a lei passasse sem que houvesse um debate público.
Estavam na altura em elaboração dois projetos leis: do PAN e do BE.
Mais tarde surgiu ainda dois projetos-leis do PS e do Partido Os Verdes.
Foi
nessa altura, que fomos contactadas por um membro da Associação
francesa Alliance Vita, que trabalha há 25 anos nestas áreas, que
nos entusiasmou e ajudou-nos a avançarmos para o debate, começando por
perguntar a estes deputados, o que estavam a fazer, que projeto leis estavam a fazer.
Organizamos a primeira conferencia, com a participação dos
dirigentes da Alliance
Vita, Caroline Roux e Tugdual Derville, e ainda com Carine Brochier
directora do Instituto europeu de bioética, com sede em Bruxelas.
O
STOP eutanásia – veio a tornar-se um grande movimento cívico, que
se dedicou a apresentar aspectos ligados ao fim de vida, de forma
aberta e verdadeira, sem prejuízos ou interesses políticos ou
ideológicos. A
Dignidade Humana, base dos Direitos humanos, vê-se atacada pelo
“direito do homem” individualmente como por exemplo, o direito a
morrer. Diante
põe-se a pergunta: “Quem é o homem? Onde está o seu valor?”. Corpo
e espírito, que não se pode separar, o que faz do ser humano um ser
com uma dignidade única, e pelo que as ideias reinantes que estão a
desembocar na destruição da própria humanidade, exigem um trabalho
muito profundo.
METODOLOGIA
•
defendemos
e promovemos o direito a qualidade de vida em todas as etapas do
sofrimento, seja por enfermidade ou envelhecimento, considerando
fundamental o acesso a CUIDADOS PALIATIVOS para todos.
•
Contribuir
para esclarecer termos e conceitos usados em debates.
•
Recolher
e tratar de dados estatístico assim como a promoção e transmissão
fidedigna das conclusões e os principais e mais atuais estudos de
investigação sobre
o fim
de vida, em países onde a dignidade é ameaçada (Bélgica, Holanda,
Suiça, Canadá, etc.)
FORMA
DE ACTUAR
•
Encontro
com a verdade e com o outro. Escutar e usar uma linguagem adaptada,
com planificação de actividades para diferentes públicos.
•
Estilo
e atitude positiva, procurando encontrar pontos que unam.
•
Actuar
sem medo, não ser reactivo, mas tomando a iniciativa; fazer
perguntas, provocar respostas.
•
Criação
de uma imagem de marca, atrativa e reconhecida pela Comunicação e
pela sociedade civil;
•
Estudo
e implicação das diversas ciência nas áreas de antropologia,
filosofia, sociologia, medicina, psicologia, jurisprudência,
ciências da família, etc., criando assim um argumentário
científico. Participação em Congressos nacionais e internacionais
(a importância da espiritualidade no fim da vida- Roma”; “Maio
de 68 –
Madrid;
One of Us – Paris, Roma, Cracóvia) “Université de la Vie”
•
Comunicação
digital – redes sociais, Blog stopeutanásia.pt, mensagens chaves,
como: ”aliviar
sim, matar não”; “vale a pena viver” ;
•
Sessões
de esclarecimento em várias localidades e nas principais cidades do
país, com oradores multidisciplinares (ex: Prof. Germano de Sousa, Médico Hugo Pissarra e José Diogo Ferreira Martins, Prof. de Ética Tiago Amorim, Advogado Francisco Alvim, Psicóloga Silvia
Pires, etc).
•
Comunicação
específica e permanente com os Media.
•
Trabalho
com os políticos – contacto e trabalho permanente com políticos,
para criar uma consciência sobre as consequências de legalização
da eutanásia em Portugal:
Cartas
abertas aos deputados subscritas por profissionais de saúde; cartas
abertas subscritas por juristas; reuniões e audiências com grupos
parlamentares de diferentes sectores políticos.
CONCLUSÃO
1)
Alcançámos o objectivo de ser reconhecidos como uma nova forma de
movimento social que privilegia o diálogo e aposta na participação
das pequenas organizações locais ( escolas, paróquias, associações, universidades, municípios, grupos parlamentares, etc.) para informar
e desenvolver a dimensão ética da pessoa e dos diversos grupos
sociais.
2)
Criámos um método de trabalho – reflexão, organização e
prática, simples e que pode ser replicada por outros movimentos ou
causas sociais da defesa dos valores e duma ética ao serviço da
Dignidade Humana.
Sofia Guedes, fundadora do Movimento Cívico Stop eutanásia