Portugal prepara-se para
legalizar a Eutanásia Social. Que quer isto dizer? Que dentro do quadro dramático, caótico e incontrolável da saúde em Portugal, com uma
trágica gestão do Estado, falta
de médicos, falta de pessoal que se encontra esgotado, desanimado e sem tempo
para olhar para o doente somando as greves quase diárias, o Parlamento decide em
poucos dias levar a votação a legalização da Eutanásia. A primeira medida deste Governo a seguir a aprovação do Orçamento de Estado. É esta a grande medida urgente para Portugal? E quanto aos Cuidados
Paliativos? Nem uma palavra de esperança. Para 80% dos portugueses que esperam
alívio e atenção para poderem viver o resto das suas vidas, que não sabemos se
longas ou curtas, com a dignidade retirada, a resposta é o silêncio. A rapidez da decisão
interna entre o PS e BE, discreta, para evitar o contraditório, de levar a aprovação na
generalidade os projetos lei da eutanásia no próximo dia 20 de Fevereiro, sem uma
profunda reflexão com toda a sociedade e começando pelos os novos deputados, muitos
deles ignorantes nesta matéria, diz muito das intenções deste Governo.
Não precisamos de ser
muito inteligentes ou académicos para perceber que a Eutanásia “Social”
será a solução mais fácil para muitos dos problemas que Portugal enfrenta: uma população
muito idosa, não produtiva, com gastos em saúde altíssimos e que dão trabalho aos
profissionais de saúde, doentes sem expectativas para voltar a uma vida ativa e
deficientes que só dão trabalho...
Já ouvi com tristeza,
médicos profundamente humanos dizerem que a fila de idosos nos seus consultórios e
nos corredores dos hospitais aumentam todos os dias, muitos abandonados pelas
famílias. Que já não sabem o que lhes fazer.
Entretanto na Educação
“Social”, na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, ensina-se ou antes, baralham-se
os jovens quanto à sua identidade e perde-se tempo e dinheiro a enchê-los de
pornografia com os programas de educação sexual, em vez de os
educar para a verdadeira
cidadania e solidariedade para com os mais frágeis, começando com a sua família.
Com este enquadramento social, para o
Governo e partidos de extrema esquerda o que interessa é o dinheiro que o Estado
arrecada todos os anos, e que na sua engenharia financeira consegue “provar”
mentindo que somos os melhores da Europa, que somos exemplo para o mundo. E claro que
os velhinhos, os deficientes e os doentes com mortes anunciadas, vem incomodar
essas contas.
Neste contexto, o Parlamento
português quer legalizar a Eutanásia “Social”, porque assim vai ajudar o Governo de
esquerda a conseguir apresentar no próximo ano e nos que se seguem, umas contas
positivas e com um mealheiro que se vai enchendo para pagar aos bancos, a políticos
corruptos, a fantasmas que nunca chegam a ser desvendados. Enquanto isso, a Ciência
e a Investigação são desvalorizadas, porque elas só servem para despertar a criatividade
quando se focam na busca de soluções para o sofrimento. Isso também tem custos. O que mais impressiona é
que com a única experiência real dos poucos países que legalizaram a eutanásia,
como a Holanda e Bélgica, em que todos os dias se vão abrindo possibilidades de
praticar a morte de outros, esses países, começaram por implementar uma rede de Cuidados
Paliativos antes de legalizarem a eutanásia.
Com o Marxismo Social
falhado, Portugal atrasado, está a dizer ao povo que, afinal para viver com direito a
cuidados de saúde, tem de se ser rico e ter seguros de saúde. Os outros? Esses podem
começar a assinar o seu atestado de óbito, porque para eles não há solução. Isto é grave,
trágico, triste e perigoso.
Para promover uma maior reflexão sobre os perigos da eutanásia o movimento cívico Stop
eutanásia organizou no, dia 11 de Fevereiro, o encontro/ reflexãosobre a realidade da saúde em Portugal, no âmbito do dia mundial do doente. Participaram na conversa, em jeito de tertúlia António
Gentil Martins (médico), Madalena Trindade ( jovem médica), Miguel
Gomez de Aguero, Espanha ( Associacion Profissionales por la ética),
Fernando Azevedo, doente Ela e Conceição Lourenço, mãe e
cuidadora, representante do Movimento Filhos sem Voz. Humanizar a saúde é preciso, senhores deputados.
Humanizar Portugal é o
lema do manifesto apresentado à imprensa, onde pedimos mais cuidados
paliativos, mais serviços de saúde e humanização dos cuidados
clínicos.
No dia 20 de Fevereiro estaremos na Manifestação contra à eutanásia no largo de S. Bento onde esperamos que muitos portugueses se juntem para dizer bem alto o seu não a esta lei injusta contra a dignidade da vida.
No dia 20 de Fevereiro estaremos na Manifestação contra à eutanásia no largo de S. Bento onde esperamos que muitos portugueses se juntem para dizer bem alto o seu não a esta lei injusta contra a dignidade da vida.
Sofia Guedes, fundadora do Movimento Cívico Stop eutanásia
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