sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Eutanásia sem travões: a rampa deslizante em funcionamento


A Holanda e a Bélgica, entre outros países que legalizaram a prática legal da Eutanásia, estão a praticá-la já sem limites. O Teatro LE PUBLIC, em Bruxelas, teve em cena em 2019, a peça «À Vida e à morte» e o enredo é sobre um novo conceito que começa a invadir o “pensamento correcto” a favor da ultra-liberalização da Eutanásia, em nome da… Ecologia, no sentido de “salvar o planeta”.
É a Ecotanásia. Ou seja: convencer e pedir às pessoas mais ou menos idosas e com saúde, para voluntariamente pedir a morte. Assim, haverá menos idosos/doentes e essa situação ajudaria a resolver o problema das reformas e da ocupação dos hospitais nos casos de doença. Deste modo, imagine-se: o dinheiro poupado com os “inúteis” ou como tal considerados, seriam investidos em… projectos ecológicos realizados ou a realizar por jovens empreendedores! ( cf. Le Bulletin en ligne sobre o tema no IEB-EIB de 11 de Novembro p.p.)
A Ecotanásia seria a melhor maneira de salvar a “herança ecológica desastrosa que (nós) deixamos aos nossos (eventuais) filhos. Salvar a Terra promovendo a morte dos homens! Esta peça, nada ingénua, “é uma ficção distópica que sobe aos palcos no momento preciso em que na Bélgica, brotam novas propostas políticas, bem reais, de facto, que visam nomeadamente permitir a Eutanásia às pessoas cuja vida esteja acabada ou que estejam fatigadas de viver. Quando a Cultura serve a Política, a sociedade vai mal!
Na Bélgica ou por cá, onde já sabemos que o início do próximo ano, teremos a Eutanásia aprovada no Parlamento, atendendo à actual composição ideológica deste. E não se pense, ( e seria que se tivesse pensado antes das eleições!) que é o voto das esquerdas laicas que vai liberalizar a Eutanásia! (Peço aos meus leitores, muitos serão cristãos, presumo, que vejam como vão votar neste assunto de suma importância os deputados em quem votaram).
A história da legalização na Holanda e na Bélgica, nomeadamente, permite-nos afirmar que , abrindo uma frincha minúscula da porta de entrada na legalização daquela, essa porta vai-se abrindo permanentemente. É a chamada rampa deslizante. Aberta essa porta, convencendo os incautos ou os distraídos, que é por compaixão e só para casos bem dramáticos, que se abre a porta à legalização da Eutanásia, podem crer que não a vão conseguir fechar, pois, passo a passo, chegaremos, brevemente à ecotanásia.
Os exemplos dos países onde a “matança” a pedido ou do chamado “suicídio assistido” deveria alertar-nos para os enormes riscos que corremos ao permitirmos a Eutanásia, um dos maiores recuos civilizacionais a que temos assistido. As recentes campanhas de terrorismo ecológico que têm varrido o Ocidente (porque será que a Greta não vai fazer a sua campanha para a China, Índia ou Paquistão, os grandes poluidores que, provavelmente, são os fabricantes da roupa que veste ou dos telemóveis que usa?), querem culpar-nos, a nós, ocidentais, da “catástrofe” climática que já estaremos a viver. Criando-nos o sentimento de criminosos que só temos uma solução: desaparecer. Ou permitir que nos façam legalmente desaparecer, pois a Terra deve prevalecer sobre o Homem! A propósito desta “gretazição” alucinante e alucinada com que temos sido massacrados, seria bom que nos informássemos como foi o comportamento da Terra, quando ainda não havia homens nela, quanto à “ alterações climáticas”.
A Geologia ajuda-nos muito a saber que, por exemplo, o território que hoje é Portugal, sem humanidade, já teve clima quente e seco (ver os arenitos de Silves), mares cálidos, calmos e pouco profundos cheios de corais (observem-se os calcários de Pataias) ou quentes e húmidos como florestas equatoriais, cujas marcas estão bem presentes nas ardósias de Valongo, por exemplo, ou admirar os vales glaciários da Estrela (o vale em U do Zêzere) e da Serra da Peneda-Gerês, quando as chamadas “neves perpétuas” atingiam grande parte do que é hoje Portugal. ….
Ah! Esquecia-me de dizer, o que todos sabem, que a Gronelândia, hoje coberta com enormes massas de gelo que se vão fundindo, já foi terra verde, daí o seu nome actual em dinamarquês(?), que significa “Terra Verde”! ecotanásia, queremos? Por mim e para mim: Não!… E não digo obrigado.

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