O movimento cívico Stop Eutanásia condena a aprovação da morte assistida, no passado dia 20 de Fevereiro pelo Parlamento, lamentando o “debate apressado” e a desvalorização dos pareceres técnicos que chumbaram os cincos projetos de lei
Em comunicado, o movimento defende que a decisão tomada ontem pelos deputados demonstra “a desvalorização e o desrespeito pela vida dos mais frágeis da nossa sociedade e uma irresponsabilidade perante o fim de vida”.
“Todos os pareceres apresentam em comum a 'brecha' relativamente ao ponto da subjetividade do conceito de 'dor insuportável', e a possibilidade de o processo ser executado por médicos sem qualquer contacto anterior com o doente”, refere o movimento, salientando os pareceres da Ordem dos Médicos, da Ordem dos Enfermeiros, da Ordem dos Advogados e do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV).
Para a fundadora do Stop Eutanásia, Sofia Guedes, “a pressa é inimiga da razão”, sendo que “a urgência é melhorar o sistema nacional de saúde e os cuidados paliativos.”
Por último, o movimento cívico garante que continuará a denunciar aquilo que considera serem “abusos” ao nível do respeito pela Ética e a Constituição Portuguesa. Na quarta-feira, Sofia Guedes considerava em declarações ao Expresso que existem “muitas incertezas” sobre a morte assistida, mesmo entre os deputados e que entre divisões internas alguns deles estavam a sentir-se “pressionados”. No manifesto 'Humanizar Portugal', o movimento Stop Eutanásia condena a “obsessiva pretensão” de legalizar a eutanásia, sustentando que os Cuidados Paliativos visam responder ao “sofrimento de acordo com a dignidade humana”.
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