O Dr. Ludo Vanopdenbosch, médico demissionário da da Commission fédérale de contrôle de l’euthanasie numa carta endereçada ao Parlamento belga, expõe as suas razões.
Este médico, especialista em neurologia e cuidados paliativos, apresentou a sua demissão na sequência da decisão tomada pela CFCEE de não remeter para os tribunais o dossier de uma mulher com uma doença degenerativa e cujo médico provocou intencionalmente a morte, sem que ela tenho pedido, mas sim a pedido da sua família.
«Eu não quero fazer mais parte de uma comissão que viola conscientemente a lei tentando ocultá-lo … esta comissão não é, nem independente, nem objetiva», escreve o Dr. Vanopdenbosch na sua carta. E, acrescenta que, em sua opinião, o seu direito à palavra, como neurologista especialista, não foi respeitado quando ele tentava expressar as suas dúvidas quanto à vulnerabilidade de pessoas neurologicamente doentes.
Em relação a este caso, alguns membros da Commission referiram que, o médico que tinha praticado esse ato de morte, tinha incorretamente descrito e registado o ato, como eutanásia. Apesar de uma votação onde a maioria dos membros entendia que o dossier deveria ser remetido para o Ministério Público, isso, não aconteceu, uma vez que a lei da eutanásia exige os 2/3 dos votos.
O Dr. Vanopdenbosch entende, pelo contrário, que o médico não tinha nenhum conhecimento dos cuidados paliativos e, tinha a intenção de matar a paciente. Os meios utilizados assim o atestam, uma vez que eram desproporcionados para aliviar a dor. Os motivos reais que estiveram na origem do não-envio para os tribunais foram puramente políticos e, resumem-se em, «defender a eutanásia em qualquer circunstância», incluindo «no caso de demência».
A imprensa estrangeira, nomeadamente o Washington Post e a Associated Press, interrogam-se sobre os abusos da prática da eutanásia na Bélgica. A imprensa belga mantem-se discreta.
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