domingo, 24 de janeiro de 2021

AJUDEM-ME! - por Sofia Guedes

No debate da eutanásia há dois caminhos, duas vias completamente diferentes de enfrentar a dor e a solidão dos sofrimento. Possibilidade 1 - POR FAVOR, AJUDEM-ME. Ajudem-me a acalmar as dores insuportáveis. Ajudem-me, não me deixando sozinho. Ajudem-me a encontrar sentido para a minha vida. Eu quero acabar com este sofrimento...Estamos aqui! Sim, vamos ajudá-lo a acalmar as suas dores. Temos trabalhado para isso, confie em nós. Sabemos que sofre, que lhe dói e muito, mas estamos consigo e juntos vamos conseguir. Não está sozinho, estamos aqui para si. É por si que dia a dia trabalhamos, para lhe aliviar a sua dor e sofrimento. Que precisa mais? Da sua família? Tem alguma vontade que possamos juntos concretizar? Estamos aqui! 

Possibilidade 2- NÓS AJUDAMOS E OFERECEMOS A MORTE SEM DOR 

Temos a solução: a eutanásia, uma forma de morrer sem dor. Está sozinho, é sozinho? Nós ajudamos a morrer, e assim acaba essa dor de solidão. Provavelmente tem família, mas onde está ela? A sua vida não tem sentido! Já não vai ter hipóteses de fazer grandes ou poucas coisas. Afinal que sentido, tem uma vida assim? Doente terminal, idoso, dependente. Não! De facto, viver assim, sem dignidade, não é viver. Nós podemos matá-lo e assim encontramos a solução. E não vai ter dor, isso lhe garantimos apenas acabamos com isso porque acabamos consigo.

SEJAMOS SÉRIOS E PENSEMOS: Será que já paramos para pensar seriamente no alcance duma lei como a eutanásia vai ter numa sociedade como a nossa? Com tantos idosos, pessoas que neste momento da pandemia, tiveram que suspender tratamentos fundamentais; com tantos problemas económicos, com tantas depressões, aquelas que sabemos tantas vezes levam ao suicídio; quantas pessoas não podem vir a autorizar que as matem, porque é gratuito, higiénico e mais simples? Uma morte tem um preço, o preço da vida. Cada médico que matar irá receber dinheiro, dinheiro dos nossos impostos, do nosso trabalho. E dar a morte será considerado um ato médico. Já realizámos bem a quantidade de mortes que sabemos existir todos os dias vítimas de Covid19, para não falar de tantas outras? E EU? Eu sinto uma dor de alma, por ver o meu país a querer cometer crimes sobre crimes e querer despenalizá-los, que é o mesmo que legalizá-los. Todos sabemos muito bem que toda a despenalização é tornar legal uma prática, transformando-a num novo direito. Sinto uma dor tão insuportável como se tivesse uma doença física grave. Só que essa dor não me serve para pedir a morte, mas para lutar, até ao limite das minhas forças, a defender a vida! A vida dos mais frágeis e inocentes, daqueles por quem sou responsável de cuidar e acolher. Tenho fé! Sim, tenho fé e nela encontro a esperança e a confiança que todas estas leis iníquas venham um dia a ser consideradas crime, como já assistimos a outras que existiram em regimes totalitários como na Alemanha Nazi, ou na Russa Estalinista. E que um dia todos sejamos julgados pelo bem que fizemos, e que o mal apenas sirva de exemplo para não se voltar a repetir.

Sofia Guedes, fundadora do Movimento cívico Stop Eutanásia  

4 comentários:

  1. Hoje, pela primeira vez não fui votar, por não concordar com as absurdas leis que vão sendo aplicadas por estes fantoches que após o Abril dos cravosnos vão (des)governando e criando leis absurdas como o Aborto ortografico e outros maleficios e agora pretendem criar a lei para assassinar as pessoas sem pudor nem temor de Deus
    Pagarão por esta situação, se pela lei dos homens ficam impunes, estou certo que pagarão pela LEI DE DEUS.

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  2. Há que defender e transmitir mais do que nunca o valor absoluto da defesa da Vida , em tempos em que a Lei não só não cumpre com o seu papel como até promove o contrário.
    Já assistimos a isto no passado .

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  3. Marta Lopes Cardoso,
    Há que defender e transmitir mais do que nunca o valor absoluto da defesa da Vida , em tempos em que a Lei não só não cumpre com o seu papel como até promove o contrário. Já assistimos a isto no passado .

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  4. Sempre pela Vida! Cuidemos ou deixemos que cuidem dela!

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