No dia 6 de Julho o STOP eutanásia organizou uma tertúlia para políticos para uma abordagem da eutanásia de forma informal, uma iniciativa cívica para a contribuição de um esclarecimento mais aprofundado dos argumentos que estão em debate.
Tiago Amorim, filósofo, fez uma apresentação sobre " O Homem e a eutanásia" no pub Pavilhão Chinês com a participação dos políticos António Proa, Sofia Galvão, o deputado Ricardo Baptista Leite e alguns convidados para animarem a tertúlia.
"Este debate sobre eutanásia é de interesse de todos os homens. Ontem ouvi uma notícias no TheGuardian sobre o reconhecimento humano dos robots. Algumas coisas que eram tidas como certas, como sabidas, hoje já não são verdades. Hoje temos que fazer um grande esforço para dizer às pessoas que a relva é verde, já dizia George Orwell. A minha área é a Antropológica Filosófica que tenta abordar o máximo de perspectivas possíveis do ser humano, e tento reconhecer as evidências da vida. Julian Mariai, dizia que a primeira coisa para a convivência mesmo por pessoas que não pensam igual é o desejo de chegar a verdade. Se todos estivermos interessados no que sustenta a vida, podemos conviver. Ao falar da vida numa perspectiva do debate da eutanásia em Portugal, como filósofo, eu não discuto fragmentos da questão da eutanásia. Porque ela é um dos aspectos de toda a vida humana. O aborto, a eutanásia a pena de morte, estas três realidades, sendo diferentes, cada uma teve um espaço de debate. E como filósofo eu tento olhar a soma que há na agenda politica fraturante em comum e os pontos de encontro. O primeiro facto é que todas estas realidades versam sobre a vida humana. Se todos somos seres humanos, nestas perspectivas, temos interpretações sobre a vida humana. Há um escritor francês que considera que para D. Quixote de La Mancha a realidade não basta. A vida em algum momento clama por alguma fantasia, e é isso que nos distingue. A experiência da realidade é a mesma para todos nós. Todos em algum momento estamos felizes, sofremos, caminhamos para a morte. Todos somos humanos, e o ser humano precisa interpretar a vida humana. O meu trabalho não é sobre o que nos diferencia, mas o que subsiste nas vertentes universais, o que faz com que uma coisa do séc. XVII ainda seja um valor no séc. XXI. Estamos a falar da vida humana, natural, universal, que todos vivemos. Se não estivermos atentos, muitas vezes, podemos trocar a realidade pelo discurso.
"Este debate sobre eutanásia é de interesse de todos os homens. Ontem ouvi uma notícias no TheGuardian sobre o reconhecimento humano dos robots. Algumas coisas que eram tidas como certas, como sabidas, hoje já não são verdades. Hoje temos que fazer um grande esforço para dizer às pessoas que a relva é verde, já dizia George Orwell. A minha área é a Antropológica Filosófica que tenta abordar o máximo de perspectivas possíveis do ser humano, e tento reconhecer as evidências da vida. Julian Mariai, dizia que a primeira coisa para a convivência mesmo por pessoas que não pensam igual é o desejo de chegar a verdade. Se todos estivermos interessados no que sustenta a vida, podemos conviver. Ao falar da vida numa perspectiva do debate da eutanásia em Portugal, como filósofo, eu não discuto fragmentos da questão da eutanásia. Porque ela é um dos aspectos de toda a vida humana. O aborto, a eutanásia a pena de morte, estas três realidades, sendo diferentes, cada uma teve um espaço de debate. E como filósofo eu tento olhar a soma que há na agenda politica fraturante em comum e os pontos de encontro. O primeiro facto é que todas estas realidades versam sobre a vida humana. Se todos somos seres humanos, nestas perspectivas, temos interpretações sobre a vida humana. Há um escritor francês que considera que para D. Quixote de La Mancha a realidade não basta. A vida em algum momento clama por alguma fantasia, e é isso que nos distingue. A experiência da realidade é a mesma para todos nós. Todos em algum momento estamos felizes, sofremos, caminhamos para a morte. Todos somos humanos, e o ser humano precisa interpretar a vida humana. O meu trabalho não é sobre o que nos diferencia, mas o que subsiste nas vertentes universais, o que faz com que uma coisa do séc. XVII ainda seja um valor no séc. XXI. Estamos a falar da vida humana, natural, universal, que todos vivemos. Se não estivermos atentos, muitas vezes, podemos trocar a realidade pelo discurso.
O último grito de eutanásia é o ultimo
gesto da liberdade. Eu posso decidir o meu destino, a minha própria
vida. E uso a liberdade para construir um caminho. Este argumento filosófico é usados por muitas pessoas que defendem a eutanásia.
Mas a dignidade da vida humana é uma evidência. Descartes pai do racionalismo teve a pretenção de tentar explicar o mundo, medir a realidade, calcular tudo. A eutanásia é a consequência do excesso de logística."
Mas a dignidade da vida humana é uma evidência. Descartes pai do racionalismo teve a pretenção de tentar explicar o mundo, medir a realidade, calcular tudo. A eutanásia é a consequência do excesso de logística."
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