O estado vegetativo é uma situação clínica de completa ausência da consciência de si e do ambiente circundante, com ciclos de sono-vigília e preservação completa ou parcial das funções hipotalâmicas e do tronco cerebral. Alguns critérios claros permitem identificar este estado: total ausência de consciência do eu ou do ambiente circundante, impossibilidade de interacção com o próximo, ausência de respostas sustentadas, reprodutíveis, intencionais e voluntárias a estímulos visuais, auditivos, tácteis ou nóxicos, ausência de compreensão ou expressão verbais, vigília intermitente, preservação das funções hipotalâmicas e autonómicas suficientes para a sobrevivência, incontinência, preservação em grau variável dos reflexos dos nervos cranianos e espinomedulares.
Relativamente à duração, designa-se estado vegetativo o quadro clínico inicial, estado vegetativo continuado quando o quadro persiste pelo menos 4 semanas e estado vegetativo persistente (EVP) quando as alterações neurológicas persistem por mais de 3 meses, e 12 meses na sequência de um traumatismo craniano. O EVP distingue-se inequivocamente do estado de morte cerebral, quer por critérios clínicos, quer por critérios laboratoriais. Igualmente o prognóstico é completamente distinto e por isso eles requerem abordagens clínicas e terapêuticas totalmente diversas.
Para saber mais, consulte o Relatório sobre o Estado Vegetativo Persistente, do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (2005).
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