quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Estado vegetativo persistente II - Mergulhar e sair do coma

Nos nossos dias, numerosas pessoas – entre as quais jovens – são vítimas de acidentes ou de patologias que provocam lesões cerebrais graves e agudas com períodos de coma mais ou menos longos. A saída de um estado de coma caracteriza-se pela abertura dos olhos. Este “despertar” não significa porém a retoma de uma comunicação do paciente com o seu meio envolvente. Certos doentes, saídos do coma, encontram-se num estado qualificado de “neurovegetativo” ou de “pauci-relacional”. Este estado, após um certo lapso de tempo, geralmente fixado num ano, é classificado de “persistente”. Toda a expressão de vida destas pessoas funda-se sobre a actividade do tronco cerebral, este assegura as funções vegetativas do encéfalo. As funções nobres, que dependem do córtex, estão fora de serviço. Segundo as aparências, nenhuma ideia, nenhuma emoção percorre estas pessoas que não emitem nenhum sinal de consciência.
Texto traduzido e adaptado do Instituto Europeu de Bioética por Carlos Aguiar Gomes

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